quarta-feira, 28 de julho de 2010

Génios

Se David Helfgott e John Nash partilham algo em comum, a loucura é necessariamente um dos aspectos.

"Shine" e "Beautiful Mind" são os dois filmes que retratam a vida, respectivamente, do músico e do matemático.

O primeiro era maluco, o segundo era esquizofrénico.

Em ambos os filmes, imensas frases deram para reflectir bastante. O génio tem algo de si que o faz génio, mas pouco. Tem, acima de tudo, muita devoção ao que faz. Entrega total. Talvez, por vezes, desmedida, mas tem.

"Nao é pedir muito que saibas as notas, pois nao?" é a frase que o Professor de Helfgott lhe dirige numa das aulas de piano, na Royal Academy of Music, em Londres. Verdade ou nao, a intepretação que foi dada apanhou-me de choque. Eu próprio respondi: "Nao.. claro que não." Porque toda a intenção estava em descobrir o que se escondia. Era perceber o edificio todo, e nao um encaixe de tijolos.

Hoje, mais que o primeiro dia de férias, é o último dia de um longo ano. Muito longo. Mas sorrio. Valeu a pena, porque houve devoção. Nao sou nenhum génio, nem louco nem esquizofrénico, mas procuro manter devoção e dedicação nos meus compromissos.

É desafiante.

1 comentário:

  1. Hum... O facto de dizeres que não és louco ou esquizofrénico é discutível! :)

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