domingo, 29 de janeiro de 2012

Haia, 29 de Janeiro de 2012.

Abro a porta do restaurante "Los Argentinos", onde o nome diz tudo. Seguem-me o João e Ana. Peço mesa para três, em holandês. O senhor indica-me o local.

Sento-me, tiro o casaco e o cachecol, ajeito a camisa. Segue-se pão com manteiga de alho, discute-se como correu o dia. Por alguns momentos, cruzo os braços como o meu avô fazia. Lembro-me que era ele que me costumava levar a um restaurante de Faro, todos os verões, para um jantar entre netos e avô. Saudade.

Após tanto tempo em Haia, era dia especial. O meu presente de Natal para os meus companheiros de casa era um jantar num restaurante em Haia, tambem como forma de agradecimento como me ajudaram nas duas semanas de preparação para o Holiday Inn.

O jantar decorre, na curiosidade e no sabor próprios de quem não está habituado a locais assim. Sinto que tambem podemos descobrir mais. Como se diz: "Nem sempre, nem nunca".

A conta vem, levanto-me para ir pagar. Ponho o cachecol, fecho o casaco, abro a porta para o João e a Ana passarem. Desejo boa noite aos empregados, agradecendo pelo jantar. Estava divinal, estando a promessa, não dita nem escrita, de que voltaremos mais tarde, um dia.

A Haia está vazia. É Domingo, nove da noite. Pedalamos em direcção a casa, com o corpo aquecido do jantar, e a alma um pouco mais reluzente.

Eles nao repararam, mas fiz um desvio. Lá fui eu, para aquela placa invisivel que dizia "Algarve".

Raízes.

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