segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Anima tua sit donum



Obrigado, Amigo e Irmão.

Amigo da Música, do Gregoriano. Mesmo já não estando no IGL este ano, sinto que serás sempre o nosso Presidente.

É fantástico todo o trabalho que fizeste, principalmente em organização. Muitos de nós já tínhamos saído, mas pensar que pudeste ficar mais um ano a "segurar o barco" foi motivador!

Irmão da Fé. Se tivesse que pegar nalguma parábola, a tua casa está definitivamente construída sobre a rocha. E eu observo-a, para aprender. O teu modo de vida simples, na tua calma, é-me exemplo de vida.

Lembro-me quando me vendaram os olhos, no meu dia de anos, e fomos no carro do Tiago em direcção ao desconhecido, pensava eu. Lembro-me de ter "olhado" para ti e ter dito: "Se estás aqui, então sei que nada de mal nos acontecerá".

És porto seguro. E no teu silêncio, sei que reflectes e escutas. Procuro ser assim (mas ainda estou longe, sei!), mas quanto mais tento, mais vejo que não é assim tão fácil.

Esta semana que passou foi apenas mais uma etapa do nosso grupo, da nossa amizade. Faço repeat sem parar ao "Tedet animam mea", cuja letra não é alegre, mas que oiço todos com energia.

Ao entrar em tua casa, apercebi-me da dávida que tu és para todos nós. Na música e na vida. Trabalhar ao teu lado é uma honra e um prazer.

Obrigado, por tudo!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011


O que se faz quando se quer escrever, mas as palavras não saem?

Pede-se ao silêncio que fale. E ao meu ouvido vai ditando, acompanhado pelo som nocturno do grilo, histórias do passado. Deixa-me perguntas. Requer respostas, e aí as palavras surgem.

O que se faz quando se quer ter ideias, mas elas não brotam?

Pede-se ao tempo que passe. Espero que percorra o seu caminho. Mas não vou controlando o tempo que leva o tempo a passar. E quando já nos cruzámos, foi invisivel. Deixou-me aos pés o seu pergaminho, completo de ideias.

O que se faz quando o mundo parecia completo, mas sabia que faltava algo?

Abraça-se a Luz que me aquece. E as palavras saem, as ideias brotam e a vida, simples, passa a ter novo sentido. O sentido da Luz.

sábado, 6 de agosto de 2011

Desafios


Tenho medo dos Teus desafios.

Talvez por ter que sair da minha zona de conforto. Talvez.

Mas sabes o que sinto desta vez?

Calma. Muita calma.

E um sorriso: Especial.

Santo André

Passou por nós, o pastor.

Vindo daquele silêncio lá longe, que se prende com a lagoa.

Sentou-se e nada disse. Não precisava de dizer, apenas estar.

Passou e foi-se embora.

Á noite o silêncio confunde-se com o som da cigarra. Aguda. Grave soa a minha a voz, na conversa com quem quero falar.

Sabe bem jantar em ambiente calmo. A palavra 'amigo' toma outra dimensão.

Passa-se o sal, estende-se o pão, entrega-se o frasco dos oregãos, pergunta-se quem quer mais, ou menos, que a fome tem destas coisas.

Durante o dia, vive-se. Lê-se. Pinta-se. Muda-se o cd, porque esse já o ouvimos hoje. Joga-se. E se no entanto nada disto tivesse acontecido, opções não faltariam.

Ao longe, o pôr-do-sol. Momento de contemplação. De agradecimento.

Passámos por Santo André, mas ficámos. Ficámos com um sorriso estampado no rosto de quem sabe que são momentos simples, mas inesquecíveis!