sábado, 6 de agosto de 2011

Santo André

Passou por nós, o pastor.

Vindo daquele silêncio lá longe, que se prende com a lagoa.

Sentou-se e nada disse. Não precisava de dizer, apenas estar.

Passou e foi-se embora.

Á noite o silêncio confunde-se com o som da cigarra. Aguda. Grave soa a minha a voz, na conversa com quem quero falar.

Sabe bem jantar em ambiente calmo. A palavra 'amigo' toma outra dimensão.

Passa-se o sal, estende-se o pão, entrega-se o frasco dos oregãos, pergunta-se quem quer mais, ou menos, que a fome tem destas coisas.

Durante o dia, vive-se. Lê-se. Pinta-se. Muda-se o cd, porque esse já o ouvimos hoje. Joga-se. E se no entanto nada disto tivesse acontecido, opções não faltariam.

Ao longe, o pôr-do-sol. Momento de contemplação. De agradecimento.

Passámos por Santo André, mas ficámos. Ficámos com um sorriso estampado no rosto de quem sabe que são momentos simples, mas inesquecíveis!

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