sábado, 9 de julho de 2011

Ainda antes de escrever estas palavras, eu sabia quando as ia escrever.

Acabei a Licenciatura em Matemática.

E fé resume-se a isto: no acreditar da loucura de, estando noutro país e sem poder ir às aulas (nem mesmo a aulas de dúvidas), conseguir voltar e acabar o curso.

No mês de Junho apenas escrevi um post, que é fotocópia de cada dia: estudar. Pareceu-me impossivel acabar o curso, em certas alturas, mas aconteceu. Houve momentos que acima de tudo estava a fé.

Foram 4 anos. Cada um original, diferente. O primeiro foi a descoberta, o único que realmente senti que estive no Técnico a "full-time". A partir do segundo ano, o Técnico passou sou a ser feito nas horas vagas. É pena. Mas era consequência directa do futuro, uma necessidade de mais tempo para a música.

Lembro-me da primeira noite em Haia, quando cheguei em Agosto do 2010. Lembro-me do vazio que senti, de deitar as mãos à cabeça e perguntar: "Mas o que é que eu estou a fazer? Como é que vou acabar o curso?". E logo a seguir disse-me a mim mesmo: "Calma. Tudo a seu tempo".

E foi. E ainda bem que foi assim: mais que pôr no currículo, foi uma prova de fé que eu precisava de ter na minha memória. Sim, consigo fazer destas loucuras. Sim, é possível.

Á semelhança de uma boa audição ou de um bom concerto, a sensação de missão cumprida existe, mas não perdura para sempre. Surgem novos planos para o futuro. Se por agora não me quero meter em Mestrado em Matemática, por outro lado parece-me natural faze-lo.

Uma coisa é certa: o que fizer, desta vez quero fazer bem feito.

No final destes 4 anos, apenas um enorme agradecimento ao Reis, ao Borralho, à Verónica e à Marta. Provavelmente não vão ver estas palavras, mas enorme parte do meu "sucesso" deveu-se a eles.

Vira-se mais uma página.

1 comentário:

  1. Essa loucura que falas tão característica do Francisco. Inspiras-te nele ;)

    Beijinho e força no caminho

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