domingo, 12 de setembro de 2010

"Almoço Familiar"

Cheguei dia 30, hoje é dia 12, portanto contabilizam-se 13 dias de estadia em Haia.

Ja há rotinas, que decerto serao desfeitas com a mudança de casa. Contudo nao deixei de reparar que me começo a adaptar a este modo de vida "menos comodo": o final dos jantares significam sempre lavar a loiça. Todos os dias tem-se que pensar em preparar refeiçoes. Acho que é isto que, em sua parte, tambem define a palavra "experiencia".
E a palavra experiencia adquiriu outro significado quando hoje fui à missa aqui na Paróquia Católica de Haia. Confesso que foi ar fresco para a minha cabeça: o hábito de assistir a uma missa sem passar metade do tempo sentado a tocar é diferente. Mas o ar fresco deveu-se a dinamismo. A entrega. A um quase "finalmente". Senti realmente uma assembleia mesmo presente, sem tendencias de cumprir horário.

A comunidade musical portuguesa vai aumentado, e no final do mês seremos por volta de 9 alunos portugueses a estudar no Conservatório de Haia (onde 5 deles estudaram no Instituto Gregoriano de Lisboa, em geraçoes diferentes). A ligação que se mantem ao viver com outros portugueses é quase a formaçao de laços familiares.

Por isso, estamos a tentar implementar o "Almoço Familiar", ou "Almoço Portugues". Cada Domingo distribuem-se tarefas culinárias antecipadas e o almoço reune à mesa a comunidade cá de casa: é compreensivel que seja raro as alturas em que estamos todos juntos. E nao deixa de ser confortavel ter esta visão de Domingo: eu acho-a, pessoalmente, reconfortante.

As aventuras começam a ser muitas para escrever. Talvez preguiça. Destaco a "aventura de Rhene", onde fui ter com um casal que vendia órgãos em 2ª mao. A oficina era fora de uma aldeia, que ficava perto da vila de Rhene. Caminhei durante 1 hora, por uma unica estrada que percorria somente campos de feno para vacas. As casas eram poucas, viam-se a conta gotas. Quando ja estava perto de desistir, descobri o local (mesmo no quase "meio do nada").

Para final, penso nas palavras de um Organista de uma igreja aqui de Haia. Ontem foi dia de monumentos abertos, e nessa igreja contactámos com o organista. Durante a explicação acerca do Órgão da Igreja, referiu que tinha dificuldades em encontrar alguem que o substituisse: o numero de organistas (pelo menos localmente) está a diminuir, assim como o número de alunos. Dá-me ainda mais animo para um trabalho bem feito!

1 comentário:

  1. Gregoriano a dominar o mundo! ;)
    no outro dia, acordei a pensar que sabia tocar órgão. tocava no teclado, e na pedaleira, de forma um bocado estranha (quase aleatória), mas o som era do melhor. Estava a tocar a Fuga em Ré menor, a tua do ano passado. Durante 1 segundo senti-me feliz. Mas logo depois caí na dura realidade de que nada fazia sentido.
    Tudo de bom ! Abraço,

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